14/11/2007

13ª AULA DE IGRH - ADM. DE CONFLITOS


13ª AULA – ADMINISTRAÇÃO DE CONFLITOS

▪ As causas dos conflitos.
▪ A visão positiva dos conflitos.
▪ Os tipos de conflitos.
▪ Como administrar e conviver com os conflitos.


As causas dos conflitos:

# Incapacidade de atingir metas ou desejos por alguma limitação pessoal ou interferência técnica ou comportamental.

# Diferenças de personalidade.

# Metas ou vontades diferentes.

# Diferenças em termos de percepções e informações.


■ Os conflitos existem desde o início da humanidade, fazem parte do processo de evolução dos seres humanos e são necessários para o desenvolvimento e crescimento de qualquer sistema familiar, social, político e organizacional.

■ A administração de conflitos consiste exatamente na escolha e implementação das estratégias mais adequadas para se lidar com cada tipo de situação.


Funções Positivas do Conflito:

- Afasta a rotina e a mesmice.
- Mobiliza energia.
- Desafia a acomodação de idéias e posições.
- Desvenda problemas escondidos.
- Aguça a percepção e o raciocínio.
- Estimula a criatividade para as soluções.


■ Tipos de conflitos:

Existem várias tipos de conflitos que se manifestam e é importante saber distingui-los para melhor lidarmos com eles:

► Conflito Latente: não é declarado e não há mesmo por parte dos envolvidos, uma clara consciência da sua existência.

► Conflito Percebido: os elementos envolvidos percebem racionalmente a existência do conflito, embora ainda não haja manifestações abertas sobre ele.

► Conflito Sentido: é aquele que já atinge ambas as partes, e que há emoção e forma consciente.

► Conflito Manifesto: trata-se do conflito que já atingiu ambas as partes, já é percebido por terceiros e pode interferir na relação interpessoal e nas empresas na dinâmica do grupo.

■ Como administrar os Conflitos:

Saber comunicar, saber ouvir, saber perguntar.
► Criar uma atmosfera afetiva
► Esclarecer as percepções e crenças
► Focalizar as necessidades individuais e compartilhadas
► Aprender com o passado e olhar para o futuro
► Gerar opções de ganhos e acordos mútuos

PODER E CONFLITO

Poder é a habilidade de uma pessoa conseguir que outra pessoa ou grupo aja da forma desejada pela primeira. A pessoa com poder modifica o comportamento dos outros, manipulando de acordo com a sua vontade e as necessidades.

Autoridade é o poder legitimado socialmente. Uma pessoa recebe a incumbência formal de manipular os outros, tem o direito reconhecido de exigir dos outros certas formas de conduta por ele propostas.

TIPOS DE PODER

PODER LEGÍTIMO :
É o poder atribuído a um indivíduo que ocupa uma posição específica dentro da organização. Caso o indivíduo deixe o cargo, o poder continua a existir na posição e não pode seguir o indivíduo.

PODER DE RECOMPENSA:
É influenciado pela possibilidade do funcionário recebe-la como produto do seu desempenho. Podem ser óbvias como as promoções – e podem ser sutis – elogio, status, vantagens.

PODER COERCITIVO:
Está ligado à habilidade do gerente em punir um funcionário. É feita através de advertência, suspensão, desligamento.

PODER DE ESPECIALIZAÇÃO:
Esse poder deriva do de talentos especiais, do conhecimento, das habilidades e da experiência adquirida pelo indivíduo. Estes talentos concedem poder ao indivíduo, pois a organização precisa deles e os valoriza.

PODER DE REFERÊNCIA:
Chamado de “carisma pessoal”, é o poder de um indivíduo de influenciar outros, pela sua força de caráter ou alguma característica específica.
Muitos publicitários usam esportistas e artistas para darem credibilidade aos seus produtos.

PODER DE INFORMAÇÃO:
Deriva da posse de informação importante em um momento que a empresa necessite.

TÁTICAS DE DIÁLOGO PARA ADMINISTRAÇÃO DE CONFLITOS

APAZIGUAMENTO: pressupõe a ajuda de outrem na administração do conflito, não no sentido de “deixar para lá”, mas de abrir espaço para o diálogo. Após falar, proporciona um alívio de tensão e ocorre uma maior abertura.


NEGOCIAÇÃO: esperar recuperar o equilíbrio emocional, verificar se ambas as partes têm motivação e querem resolver o conflito. A comunicação aberta e autêntica é uma boa solução.


RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS: primeiro é necessário diferenciar sentimentos de idéias. É fundamental saber que ambas as partes têm responsabilidade no conflito.


CONFRONTAÇÃO: exige maior habilidade interpessoal de negociação entre as partes em conflito e de quem participar como mediador(elemento neutro que goza da confiança dos envolvidos no conflito), acompanhando, escutando, apoiando os esforços dos membros em desacordo, sem interferir no mérito da questão.




25/10/2007

11ª e 12ª aulas de IGRH – CRIATIVIDADE E DESENVOLVIMENTO DA INTUIÇÃO



11ª e 12ª aulas de IGRH – CRIATIVIDADE E DESENVOLVIMENTO DA INTUIÇÃO


▪ “Criatividade consiste em olhar para o que todo o mundo está vendo e
pensar uma coisa diferente”.

▪ “Criatividade é toda a possibilidade
do indivíduo de se jogar todo em qualquer experiência sem se moldar ou sem temer o costumeiro ou convencional”.

▪ “ Criatividade é a capacidade de desestruturar a realidade e reestruturá- la de outras maneiras”.
■O Pensamento Criativo supõe uma atitude, uma perspectiva, que leva a procurar idéias, a manipular conhecimento e experiência.
■ Mudando a perspectiva e jogando com o conhecimento e a experiência, podemos transformar o corriqueiro em extraordinário e o inusitado em lugar-comum.

■ Evita se fazer sempre a mesma coisa
e esperar que os resultados sejam
diferentes.
■ Atua como destruidor das crenças limitantes (nada pode ser mudado ou melhorado, é perigoso, nunca foi feito...). (Donald J. Noone)■ Dia a dia criativo (maneiras de ser mais
criativo no cotidiano).

AS ETAPAS DO PROCESSO CRIATIVO:

- Motivação.
- Preparação.
- Incubação.
- Iluminação.
- Elaboração.
- Ação.
- Avaliação.

OS BLOQUEIOS MENTAIS – OBSTÁCULOS DA CRIATIVIDADE

A)= A SÍNDROME DA RESPOSTA CERTA

■ Quase todo o nosso sistema educacional
objetiva ensinar às pessoas
uma única resposta certa.
■ Entretanto, a vida não tem apenas
uma resposta certa.Nela, existem muitasrespostas certas – e todas dependem do que você está procurando.
■ Uma maneira de ser mais criativo é “buscar a segunda, a terceira... a décima resposta certa”.
■ As respostas que você encontra dependem das
perguntas que você faz.

B) = A NECESSIDADE DA LÓGICA

Na escola e na vida nos ensinam a pensar apenas com um lado do nosso cérebro. Olha que desperdício!!!
■ A lógica é importante na fase prática do processo criativo, mas o excesso do raciocínio lógico pode atrapalhar a fase germinativa da criação.
■ Os hemisférios esquerdo e direito de nosso cérebro têm funções diferentes, porém complementares. Para que alguém seja bem sucedido é preciso que os dois hemisférios trabalhem em equilíbrio e harmonia.

C) = OBEDIÊNCIA AOS PADRÕES E NORMAS

■ Padrão: o que serve de base ou norma para avaliação ou medida (Dicionário Aurélio).
■ Normas: aquilo que se aceita como padrão ou medida para a realização ou avaliação de algo (Dicionário Aurélio) .
■ Todo ato de criação é, antes de tudo, um ato de destruição (Picasso).
■ O Pensamento Criativo não é somente construtivo – também é destrutivo. É preciso quebrar um padrão para descobrir outro.

D) = A TORTURA DA PRATICIDADE

Ser prático é importante no mundo da ação, mas só praticidade não basta para gerar novas idéias. A lógica, que funciona tão bem para julgar e executar idéias, pode reprimir o processo criativo se impede o artista que existe em você de explorar idéias germinativas inusitadas.
■ As pessoas ficam prisioneiras dos seus hábitos. Acostumam-se ao “é” da realidade e se esquecem das possibilidades geradas pela pergunta “e se...”.
■ Utilizamos as perguntas “ e se “ como um modo fácil de fazer a imaginação deslanchar.
■ A verdadeira chave da pergunta “ e se”, é você se dar a liberdade de sonhar o possível e o impossível e arriscar até o impraticável em busca de idéias.
■ A imaginação não tem limites – a fase germinativa é um vale-tudo.

E) = EVITAR AS AMBIGUIDADES

Ambigüidade: “Que se pode entender em mais de um sentido; que dão margem a mais de uma interpretação” (Dicionário Aurélio) .
■ Todos nós aprendemos a “evitar ambigüidades” por causa dos problemas de comunicação que elas podem provocar.
■ No processo germinativo da criatividade, porém, existe o perigo de a imaginação ser sufocada pelo excesso de especificidade.
■ “ Se você disser às pessoas aonde ir, mas não como chegar lá, vai ficar espantado com os resultados. Colocar um problema de forma ambígua dá mas liberdade a imaginação das pessoas que estiverem trabalhando na questão”.
■ É fundamental usar o humor para colocar a si mesmo ou ao seu grupo em estado de espírito criativo.

F) = É PROIBIDO ERRAR

Há ocasiões em que não se pode errar, mas a fase germinativa do processo de criação não é uma delas. Os erros são um sinal de que estamos saindo dos trilhos habituais. Se não errarmos de vez em quando, é indício de que não estamos sendo muito inovadores e audaciosos.
■ Se a gente sempre fizesse as coisas certas, nunca teríamos de mudar de rumo – continuaríamos eternamente na mesma direção e terminaríamos com uma quantidade cada vez maior das mesmas coisas.
■ Se você está fazendo coisas rotineiras, tem alta probabilidade de acertar e é provável que erre muito pouco. Agora, se estiver experimentando novos caminhos, você certamente cometerá muitos erros.

G) = NÃO É PERMITIDO BRINCAR

■ Em nossa sociedade capitalista e competitiva, existe sempre a necessidade do ganha/perde. Isso se aplica a maioria dos jogos esportivos, eleições, apostas e coisas do gênero.
■ Quando você brinca, porém, uma lógica diferente está valendo: a lógica do ganha/ganha. Isso significa que ao invés de você ser castigado pelos seus erros, você aprende com eles. Assim, quando a gente ganha, ganha; quando não ganha, aprende.

■ A razão das crianças serem descontraídas quando brincam é que elas não conhecem todos os “deverias” e imposições. Com isso, sua criatividade se expande e as possibilidades de aprendizagem são ilimitadas.
■ Gente que se diverte no trabalho produz mais idéias. A alegria é contagiante e todos trabalham com mais afinco para participar do divertimento.
■ Faça da sua casa e do seu local de trabalho um espaço divertido, bem humorado.

H) = AFASTE-SE DOS LIMITES

A especialização é um fato da vida. Para funcionar no mundo, você é obrigado a restringir o foco e limitar seu campo de visão. Quando estiver procurando gerar idéias criativas, porém, essa maneira de manipular a informação poderá ser limitativa e bloqueadora.
■ A limitação impede a busca de idéias e soluções de problemas em outras áreas de atuação.
■ Desenvolva a atitude do caçador, a certeza de que existem idéias esperando para ser descobertas onde quer que você vá.
■ Cultive diferentes tipos de território de caça. Quanto mais amplo e diversificado for seu conhecimento, mais áreas terá onde caçar novas idéias.
■ Onde você caça idéias? Questione-se: que pessoas, lugares, atividades e situações usa para ter idéias novas?

I) = ABANDONE O EGO E RIA DE SI

O homem vive em sociedade e procura ser aceito pelo seu grupo. Todos estão sujeitos a pressões da coletividade.
■ A adaptação ao grupo possui a finalidade prática de Cooperação entre seus membros, que gera a perda de uma fatia da nossa individualidade.
- O grupo nos dá um certo rumo quando não sabemos como agir em determinada situação.
■ Existe o perigo do “pensamento grupal”. Esse fenômeno consiste em que os membros do grupo se interessam mais em manter a aprovação dos outros do que em tentar propor soluções criativas para os problemas.
■ A importância do Bobo da Corte em resistência ao pensamento grupal.
■ “Existem coisas tão sérias que você é obrigado a rir delas. Tem gente que se liga de tal modo às suas idéias que as coloca num pedestal. È difícil ser criativo quando se investiu muito do próprio ego em uma idéia” ( Niels Bohr).


J) = EU NÃO SOU CRIATIVO

“ O que me incomoda não é como as coisas são, mas como as pessoas pensam que as coisas são” ( Epictetus) .
■ Uma vez estabelecida no nosso cérebro, a tendência de toda crença é de se perpetuar.
■ No momento em que você muda o paradigma(“eu não sou criativo”), você muda o significado de uma coisa e outras coisas acontecem.


BLINK – CRIATIVIDADE NUM PISCAR DE OLHOS

Malcolm Gladwell defende a teoria de que todas as nossas tomadas de decisão não dependem sempre de decisões amadurecidas durante meses (tomada consciente de decisão) .
■ Em muitos casos, as impressões intuitivas, obtidas na maioria das vezes em questão de segundos, podem ser tão ou mais valiosas do que decisões exaustivamente refletidas.
■ Rápido e simples: Tomadas de decisões rápidas e com base em poucas informações.
■ É preciso sermos questionadores e atentos quanto as tomadas de decisões rápidas. Nosso computador interno nem sempre opera de forma brilhante e decodificando a verdade. Ele pode estar distraído, equivocado ou desativado por uma série de fatores bloqueadores.

A VISÃO SUBLIMADA DA CRIATIVIDADE – OSHO

A pessoa que pretende ser criativa não pode seguir o mesmo caminho dos outros. Ela tem que caminhar só; tem que ser um não conformista com os valores da mentalidade coletiva.
■ Há idiotas completos que espalham que a “mente vazia” é oficina do diabo. É o contrário: “ a mente vazia é a oficina de Deus”.
■ Para criar é preciso relaxar. O relaxamento ocorre quando não há nenhum “precisa” ou “deve” na sua vida. Não envolve apenas o corpo ou somente a mente, mas todo o seu ser.
A essência da sabedoria é estar em harmonia com a natureza, com o ritmo natural do universo. E, sempre que você está em harmonia com o ritmo natural do universo é quando acontece a criatividade. ■ A atitude criativa aumenta a beleza do mundo; ela dá alguma coisa ao mundo; nunca tira nada dele. A pessoa criativa chega ao mundo e aumenta a beleza dele.

O ÓCIO CRIATIVO – AS IDÉIAS REVOLUCIONÁRIAS DE DOMENICO DE MASI

As teses arrojadas desse pensador contemporâneo vêm causando polêmica. Uma delas defende o ócio como grande estimulador da criatividade.
■ É preciso modificar o senso do tempo eliminando horários, eliminando o espaço,introduzindo o teletrabalho e, principalmente, substituindo o controle pela motivação.
■ Se juntarmos pessoas dotadas de muita fantasia com pessoas muito concretas, nesses grupos nasce a centelha da criatividade e, ao invés de gênios criativos, teremos muitos grupos criativos.
■ O aumento de potência da tecnologia é muito mais rápido do que a capacidade de invenção de novos empregos. É preciso portanto recriar os modelos de vida e de produção.
■ A plenitude da atividade humana é alcançada somente quando nela coincidem, se acumulam, se exaltam e se mesclam o trabalho, o estudo e o jogo; isto é, quando nós trabalhamos, aprendemos e nos divertimos, tudo ao mesmo tempo. (...) É o que eu chamo de "ócio criativo".


CRIATIVIDADE E ÉTICA

■ Precisamos de uma revolução no sentido clássico da palavra, vale dizer, do estabelecimento de uma nova utopia, de um novo rumo com outras estrelas guias que orientem a caminhada, desta vez, da humanidade como um todo.
■ Pensando na situação mundial, equivale dizer: precisamos urgentemente de uma ética planetária para garantir nosso futuro comum.
■ A ética pressupõe liberdade psicológica e desenvolvimento do potencial humano, ou seja, do potencial intuitivo, perceptivo, intelectual e emocional do indivíduo.

CRIATIVIDADE E CAPITALISMO NATURAL

Capitalismo Natural é considerado o modelo da próxima revolução industrial.
■ O que se pode chamar de Capitalismo Industrial não se ajusta cabalmente aos seus próprios princípios de contabilidade. Ele liquida o seu capital e chama isso de renda. Descuida de atribuir qualquer valor ao mais importante capital que emprega: os recursos naturais e os sistemas vivos, assim como os sistemas sociais e culturais que são a base do Capital Humano.


CRIATIVIDADE NAS EMPRESAS

Criatividade é a busca de soluções inovadoras. Resolver um problema valendo-se de métodos conhecidos não tem nada de criativo . Muitas empresas constróem regras tão rígidas que se torna impossível desenvolver qualquer iniciativa que fuja ao manual.
■ Embora traga resultados positivos, o profissional criativo nem sempre é bem vindo, já que costuma incomodar. São pessoas diferentes, costumam destacar-se dos demais e por isso nem sempre são vistas com bons olhos.
■ Os 07 bloqueios contra a criatividade nas empresas:

- Medo de errar
- Preocupação Excessiva com ordem e tradição
- Miopia de Resultados
- A doença do especialista
- Relutância em exercer influência
- Relutância em brincar
- Desejo excessivo de recompensa pelo sucesso.

CRIATIVIDADE E EMPATIA

Friedrich Dorsch, 1976, em seu Dicionário de Psicologia, descreveu a empatia como: "propriedade de reviver as vivências de outras pessoas, especialmente seu estado emocional; capacidade de situar-se em seu lugar, de compartilhar seus sentimentos através da percepção de sua expressão, por haver experimentado com outras pessoas a mesma situação ou por ter conhecimento de seu estado psíquico."
■ Não basta ter um auto conhecimento para possuir habilidade empática. Dois obstáculos tornam a percepção do outro mais complexa do que a percepção do "eu". Estes obstáculos são: as diferenças de paradigmas entre o observador e o observado e os inevitáveis erros de interpretação das informações do observado. (Roberto Lima Neto)
■ A pessoa criativa não é necessariamente empática, da mesma maneira que nem toda a criação é uma inovação. Mas, a habilidade empática se mostra como um poderoso diferencial para pessoas criativas.Desenvolvendo esta habilidade, obrigatoriamente não se aumenta o poder criativo, mas ela certamente direciona a pessoa criativa para resultados mais positivos, capazes de se concretizarem em inovações.Isto leva a concluir que, antes de se desenvolver o potencial criativo, deve-se procurar desenvolver o potencial empático das pessoas responsáveis pela criação de novos produtos.

CRIATIVIDADE E QUALIDADE DE VIDA

Criatividade e qualidade de vida. Temas interessantes no contexto atual, em que cada vez mais temos que ser criativos para termos uma razoável qualidade de vida. Quando digo qualidade de vida, não estou me referindo apenas à boa alimentação e à prática de uma atividade física, mas também a saúde mental.
■ Cada vez mais temos que ser criativos, devemos buscar novas formas de aumentar nossos ganhos, garantir e conquistar a empregabilidade, tentar solucionar problemas do dia-a-dia, criar e desenvolver novos produtos, apostar em formas diferentes de atender clientes.
■ A criatividade possibilita viver melhor, perceber os acontecimentos de forma diferente, buscar soluções para problemas, tanto pessoais como profissionais.
■ A empresa resolve investir em treinamento na área de criativiidade porque acredita que melhorando a qualidade de vida dos seus colaboradores, também melhoram o desenvolvimento das atividades e os relacionamentos interpessoais.

CIRANDA DA EXPRESSIVIDADE

(ATIVIDADES LÚDICAS PARA DESENVOLVIMENTO DA PERCEPÇÃO INTUITIVA) .




















10ª aula de IGRH - ANÁLISE ECONÔMICA E SOCIAL


10ª AULA DE IGRH
ANÁLISE ECONÔMICA E SOCIAL



ECONOMIA:

- É uma ciência social que estuda como a sociedade decide empregar os recursos produtivos escassos, ou seja, os fatores de produção: terra, trabalho e capital, a fim de melhor atender as necessidades da coletividade.

OBJETIVO DA ECONOMIA:

- Formular propostas a fim de resolver ou minimizar os problemas econômicos, atendendo, assim, as necessidades humanas e promovendo o bem estar de cada um.


DIVISÃO DA ECONOMIA:

O estudo da teoria econômica divide-se em duas partes:

- MICROECONOMIA : trata do estudo de mercados individuais – os agentes econômicos privados – verificando como se comportam os consumidores e os produtores nesse mercado e como se dá a formação de preços dos produtos.

- MACROECONOMIA: analisa os agregados econômicos, estudando os comportamentos da produção total de bens e serviços do país, bem como a evolução da inflação, os investimentos totais da economia, as exportações, a renda, etc.


ECONOMIA BRASILEIRA:

- O período recente é caracterizado por uma série de transformações, tanto na economia mundial com nas economias nacionais geradas pela globalização.
- A globalização trouxe ao Brasil uma valorização do mercado e uma preocupação com a competitividade, um aprimoramento da tecnologia, um investimento maior no desenvolvimento profissional.
- Esta mudança traz de volta o liberalismo econômico caracterizado pela menor participação do Estado e transferência de várias responsabilidades para o setor privado (empresas).


POLÍTICA ECONÔMICA:

- é a definição pelo Estado das principais prioridades que a sociedade necessita para minimizar as diferenças econômicas e sociais, empregando da melhor maneira possível os seus recursos.

OBJETIVOS DA POLÍTICA ECONÔMICA:

- Crescimento da Produção e do Emprego:
- O crescimento econômico é a meta mais importante a ser perseguida pelos formuladores da política econômica. O crescimento econômico refere-se à expansão da produção do país, ou seja, à colocação no mercado de uma quantia maior de mercadorias e serviços à disposição dos indivíduos.
- Pela estreita relação entre produção e emprego, nota-se que, ao perseguir o objetivo de crescimento da produção,automaticamente está-se procurando ampliar o nível de emprego da economia.

- Controle da Inflação : não significa manter a inflação igual a zero, mas sim evitar a aceleração permanente no aumento dos preços para evitar uma série de distorções na economia.
- A inflação causa:
- má distribuição da renda, pois os mais pobres não conseguem se proteger dela, pois não aplicam seus recursos no mercado financeiro.
- reduzem os prazos das aplicações financeiras, fazendo desaparecer os recursos para financiar os investimentos.
- dificultam qualquer planejamento empresarial que não seja de curtíssimo prazo.
- quando se chega a hiperinflação, pode-se chegar a total destruição do parque produtivo (como já aconteceu com a Alemanha e a Argentina).

- Equilíbrio das Contas Externas: Os países mantém relações comerciais e financeiras que compõem o seu balanço de pagamentos que deverá estar em equilíbrio.
- Se um país tem déficit permanente em suas contas externas, poderá ocorrer o esgotamento de suas reservas, dificultando o pagamento de seus compromissos externos e limitando a sua capacidade de importação, por falta de moeda estrangeira.

- Distribuição de Renda: visar sempre medidas que contemplem a melhor maneira de distribuir a riqueza de forma justa e atendendo os objetivos e necessidades sociais da população.



INSTRUMENTOS DA POLÍTICA ECONÔMICA:


- POLITICA FISCAL:
São os instrumentos que o governo dispõe para constituir a sua receita e controlar as suas despesas. Ex: controle dos gastos para pagamento de funcionários públicos; assistência a previdência social; subsídios de produção; despesas de investimentos(construção de rodovias, hidrelétricas, escolas); criação ou eliminação de impostos; programas de ajuda as classes menos favorecidas.


- POLÍTICA MONETÁRIA:
- Refere-se as ações do governo para controlar as condições financeiras da economia. Ex: controle da taxa de juros; aumento ou diminuição do dinheiro circulante; vendas de títulos públicos; flexibilização das condições de crédito.

- POLÍTICA CAMBIAL E DE COMÉRCIO EXTERIOR:
- Representam as ações do governo nas transações internacionais do país. Ex: compra e venda de dólares para regular o mercado; fixação do valor do dólar; estímulos à exportação; taxação de impostos para importação.

- POLÍTICA DE RENDAS:
- Refere-se à intervenção direta do governo na formação da renda, com o controle e congelamento de preços e com políticas de preservação dos níveis salariais. Ex: controle de preço dos produtos; medidas para recuperação e valorização do salário mínimo; práticas de reajuste salarial.


ECONOMIA SOLIDÁRIA:

- Ação possibilitadora da geração de novas oportunidades de inserção social pelo trabalho, propiciando: Democratização da gestão do trabalho; conhecimento sobre os segredos da produção; valorização das relações de cooperação; distribuição de renda ; fortalecimento do desenvolvimento local sustentável.

Princípios da Economia Solidária

Adesão Livre e Voluntária
Gestão Democrática e Participativa
Participação Econômica dos Sócios
Autonomia e Independência (princípio da Autogestão)
Educação, Capacitação e Informação.
Intercooperação
Compromisso com a Comunidade

Valores da Economia Solidária :

A Economia Solidária baseia-se nos seguintes valores:

- Ajuda mútua
- Responsabilidade
- Democracia
- Igualdade
- Equidade e Solidariedade.
Valores éticos :

- Honestidade
- Transparência
- Responsabilidade social

Princípios do Empreendedorismo Cooperativo e Solidário

O empreendedorismo cooperativo busca desenvolver atitudes e habilidades como:

Conhecimento de mercado, gestão cooperativa, pró-atividade, participação, conhecimento sobre a arte de liderar, de empreender e de administrar o projeto coletivo.

Trocar a cultura da subordinação pela idéia do apreender a empreender e cooperar.

Princípios do Empreendedorismo Cooperativo :

A idéia do empreendedorismo está geralmente associado as empresas tradicionais que objetivam o lucro e interesse dos poucos donos.

O objetivo do empreendedorismo cooperativo é a efetivação do projeto dos diversos donos.

Estímulo a criatividade do indivíduo no sentido da estratégica do grupo organizado em cooperação.

ATITUDES OBJETIVANDO O EMPREENDORISMO COOPERATIVO

Ao projetar os elementos individuais para o âmbito coletivo, o empeendedorismo cooperativo busca:

Conhecer o mercado de trabalho.

Controlar resultados e reformular estratégias.

Perceber as oportunidades.

Aceitar riscos desde que sejam moderados e decididos coletivamente.

Transparência na gestão.

Democratizar a informação e renovar cotidianamente o projeto coletivo.

Agregar e distribuir valor.

Aprender com o erro.

Buscar cumprir “prazos estabelecidos” e “qualidade combinada”.

Apresentar produtos inovadores.

Formar “redes de apoio” e parcerias.

Sustentar uma política que estimule a confiança mútua.

Capacitação e estímulo permanentes.

Responsabilidade Social.

Renovar cotidianamente o projeto coletivo.


GLOSSÁRIO DE ECONOMIA:


Ações - Títulos que indicam a participação do possuidor na propriedade de uma determinada companhia e lhe dão direito a parte dos lucros.

Ativos - Bens, créditos ou valores que formam o patrimônio de uma empresa.

Balança Comercial - Resultado das exportações e importações realizadas por um País. Quando as exportações são maiores que as importações registra-se um superávit na balança. O contrário significa déficit.

Balança de pagamentos - Consiste no registro de todas as transações realizadas entre os residentes de um país e os residentes de outros países durante determinado período de tempo (usualmente, um ano).

Banco Central (BC) - Autoridade monetária do País responsável pela execução da política financeira do governo. Cuida ainda da emissão de moedas, fiscaliza e controla a atividade de todos os bancos do país.

Bens - Tudo aquilo que tem utilidade, com ou sem valor econômico (ar, água).

Bolsa de Valores - Local onde se negociam títulos emitidos por empresas privadas ou estatais.

Caixa 2 - Expressão que define o dinheiro não registrado que entra em uma empresa e que, por isso, pode ser utilizado sem que sobre ele incidam impostos.

Câmbio - Operação financeira de venda, troca ou compra de valores em moedas de outros países.

Commodity - Termo usado em transações comerciais internacionais para designar um tipo de mercadoria em estado bruto ou com um grau muito pequeno de industrialização. As principais commodities são produtos agrícolas (como café, soja e açúcar) ou minérios (cobre, aço e ouro, entre outros).

Contas públicas - Total de receitas e gastos de todas as esferas do poder.

Correção monetária - É o reajuste periódico de certos preços na economia pelo valor da inflação passada, com o objetivo de compensar a perda do poder aquisitivo da moeda.

CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) - Imposto cobrado pelo governo federal e que incide sobre movimentações financeiras de pessoas ou empresas. O percentual é de 0,38% sobre todos os saques feitos em conta corrente.

Deflação - É o oposto de inflação, a queda no índice de preços. Mas nem sempre isso é bom. Com deflações sucessivas, um país mergulha em recessão porque há queda no consumo.

Demanda - Nome dado às necessidades ou desejo de consumo, individual ou coletivo, de bens e serviços

Dívida externa - Dívida externa é a somatória dos débitos de um país, resultantes de empréstimos e financiamentos contraídos no exterior pelo próprio governo, por empresas estatais ou privadas.

Dívida interna - Total de débitos assumidos pelo governo junto às pessoas físicas e jurídicas residentes no país.

Especulação - Operação financeira feita no mercado com o objetivo de obter ganho rápido, de forma ilícita e contra as normas de mercado.

Exportação - Vendas de bens e serviços de um país em outro.

Falência - Sentença judicial decretada pela falta de pagamento aos credores.

Fundo de investimento - É uma espécie de condomínio de investidores que funciona da seguinte maneira: o dinheiro é entregue a um profissional que irá administrá-lo. Cabe a ele encontrar os investimentos disponíveis no mercado (ações, títulos, entre outros) que podem oferecer a melhor rentabilidade à bolada que irá aplicar.

Fundo Monetário Internacional (FMI) - Agência especializada das Organizações das Nações Unidas (ONU) criada em 1944 para promover a cooperação financeira entre os países-membros. Cada um deles tem direito à cota de saques durante o ano e existe ainda um esquema paralelo de ajuda a países em dificuldades financeiras.

Globalização - Processo de integração econômica mundial que acontece com a abertura do comércio internacional. Significa um avanço do capitalismo, um mecanismo que busca a redução de custos e o aumento da produtividade na fabricação de mercadorias.

Hiperinflação - Diz-se hiperinflação quando os preços aumentam tanto e tão rápido que todos gastam o dinheiro assim que o recebem. Essa velocidade no consumo se dá devido ao temor de que o dinheiro perca seu valor.

Inadimplência - Situação em que uma pessoa ou empresa deixa de cumprir um contrato, particularmente no que se refere a prazos de pagamentos.

Inflação - A inflação é usualmente conceituada como um aumento contínuo e generalizado no nível geral de preços, que resulta em perda ininterrupta do poder aquisitivo da moeda.
Juros - Juro é a remuneração que o tomador de um empréstimo tem que pagar ao proprietário do capital emprestado. O juro pode ser simples ou composto.

Mercado de capitais - Rede formada pelas Bolsas de Valores e instituições financeiras (bancos, corretoras e seguradoras) que negociam papéis (ações e títulos) a longo prazo.

Mercado Financeiro - Setor da economia responsável pela captação de recursos entre investidores para financiar atividades produtivas ou simplesmente gerar lucros para quem empresta dinheiro.

Monopólio - Situação em que uma empresa domina sozinha a produção ou comércio de uma matéria-prima, produto ou serviço e que, por isso, pode estabelecer o preço à vontade.
Moratória - Prorrogação do prazo concedido para pagamento de uma dívida, obtida em acordo entre o devedor e o credor. Nas relações comerciais internacionais, a palavra é usada para definir a declaração unilateral de um país de que ele não pagará sua dívida no prazo.

Oligopólio - Grupo de empresas que detém o controle de determinado mercado, seja ele o fornecimento de um produto, serviço ou matéria-prima.

Passivos - Conjunto das dívidas e obrigações de uma empresa. É o oposto do ativo.

PIB - Sigla de "Produto Interno Bruto", principal indicador da atividade econômica. É o valor de todos os bens e serviços produzidos dentro das fronteiras de um país, independentemente da nacionalidade do produtor.

Privatização - Processo de venda em leilão de uma estatal para uma companhia ou consórcio de empresas do setor privado.

Recessão - É uma fase em que a atividade econômica se encontra em contração. Os principais indicadores de que um país está em recessão são queda da produção, aumento do desemprego, diminuição das taxas de lucro e crescimento do número de falências e concordatas.

Renda per Capita - A renda per capita representa quanto cada habitante receberia se o valor do produto nacional bruto (PNB) de um país fosse distribuído igualmente entre todos sem considerar a concentração de riquezas.

Reservas - Recursos que um país tem disponíveis para gastar imediatamente, caso tenha urgência.

VALOR - Atributo que confere a qualquer produto a qualidade de bem econômico.
ANÁLISE DE CUSTO-BENEFÍCIO - "Técnica que tenta destacar e avaliar os custos sociais e os benefícios sociais de projetos de investimento, para auxiliar a decidir se os projetos devem ou não ser realizados (...) O objetivo é identificar e medir as perdas e ganhos em valores econômicos com que arcará a sociedade como um todo, se o projeto em questão for realizado.

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO - "Processo que se traduz pelo incremento da produção de bens por uma economia, acompanhado de transformações estruturais, inovações tecnológicas e empresariais, e modernização em geral da mesma economia"

EMPRESA PRIVADA - Empresa com capital predominante ou integralmente privado, administrada exclusivamente por particulares.

EMPRESA PÚBLICA - Entidade paraestatal, criada por lei, com personalidade jurídica de direito privado, com capital exclusivamente público, de uma só ou de várias entidades, mas sempre capital público.

INDICADOR DE DESENVOLVIMENTO - "Quantificação de um fator que permite a comparação entre os graus de desenvolvimento econômico de diversas economias nacionais.

PATRIMÔNIO LÍQUIDO - Diferença entre o ativo e o passivo de uma determinada estrutura administrativa, ou seja, o saldo líquido de seus bens e direitos e de suas exigibilidades e obrigações.

PESSOA ECONOMICAMENTE ATIVA - Pessoa que exerceu trabalho remunerado, em dinheiro e/ou produtos e mercadorias, durante os 12 meses, ou parte deles, anteriores à data da pesquisa.

SALÁRIO-MÍNIMO - Remuneração mínima do trabalhador, fixada por lei.













09/10/2007

9ª aula de IGRH - ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL





9ª aula de IGRH – Ética e Responsabilidade Social



“ A diferença entre o que estamos fazendo e o que somos capazes de fazer é tão grande que daria para resolver a maior parte dos problemas do mundo”
M. GANDHI


ETHOS – Palavra grega que significa costume, modo habitual de conduta, caráter.

ÉTICA – Conjunto de princípios e valores que guiam e orientam as relações humanas. Esses princípios devem ser características universais, precisam ser válidos para todas as pessoas e para sempre.

- O primeiro código de ética de que se tem notícia são os “dez mandamentos”.

- A ética é o que traça sua linha de conduta. Ela está o tempo todo presente em sua vida familiar, no ambiente profissional e em cada minuto do seu dia.

- Desde o momento que acorda e levanta da cama, você é abordado por situações que colocam à prova seu comportamento ético.


VALORES: São normas, princípios ou padrões sociais aceitos ou mantidos pelo indivíduo ou pela sociedade e que determinam os critérios de valorização das coisas.

Os valores são classificados como:


- Valores Éticos: os que se referem às normas ou critérios de conduta que afetam todas as áreas da nossa atividade. Ex: solidariedade, honestidade, verdade, bondade.
- Valores Estéticos: são os valores de expressão, muitas vezes cobrados pela sociedade como um padrão. Ex: belo, feio, harmonia.
- Valores Religiosos: os que dizem respeito à relação do homem com a transcendência. Ex: sagrado, pureza, santidade, perfeição.
- Valores Políticos: que determinam a satisfação e vontade da sociedade. Ex: justiça, igualdade, imparcialidade, cidadania, liberdade.
- Valores Vitais : são aqueles necessários a manutenção da vida. Ex: saúde, força, bem estar físico e mental.

Nas organizações, os valores internos são expressos por meio das ações praticadas pelos dirigentes e funcionários. Representam a cultura organizacional que nada mais é do que o “caráter da empresa”.


ÉTICA E CAPITALISMO


Na sociedade capitalista em que estamos inseridos, há a ligação poder-consumo-dinheiro. Tudo gira ao redor do mercado e as relações acabam ficando comprometidas devido as desigualdades e competitividade geradas por esse sistema.

Essa crise ética propiciada pelo Capitalismo gera efeitos desastrosos na ordem social, como:
- aumento das desigualdades.
- violência.
- empobrecimento.
- desemprego.
- corrupção.
- abandono da idéia de solidariedade e cidadania.
- fortalecimento da avareza e esperteza.
- contaminação do caráter.
- fim da ética e da política.

Para legitimar este sistema moderno de dominação, surge um novo “ethos”, cujos elementos principais são a ética da competitividade, a ética do consumo e a exaltação do mercado. É quando a ética do dinheiro transforma-se em “ética da irresponsabilidade social”.

Para combater esta ética maléfica é preciso criar uma nova ética que atenue a perversidade da ética do dinheiro. É nesse novo contexto que inicia no mundo “ a nova ética da “responsabilidade social” , o espírito da cidadania empresarial.

Principais características da Responsabilidade Social:

- o ensino e o aprendizado de comportamentos sociais responsáveis.
- revigoramento do debate civilizatório.
- resgate da cidadania.
- glorificação do associativismo, da cooperação, da solidariedade social.
- restauração da relação entre os setores da vida social.


ÉTICA DO DINHEIRO - IRRESPONSABILIDADE SOCIAL

Promove individualismos

Ênfase na competição e competitividade

Prevalece o discurso único do mercado.

Banalização dos problemas sociais.

Adoção de comportamentos antiéticos.

Gera alienação.

Deteriorização do trabalho.

Contaminação do caráter das pessoas.

Ampliação das desigualdades.

ÉTICA SOCIAL - RESPONSABILIDADE SOCIAL

Promove associativismo

Prevalece o discurso único do mercado.


Prevalece o debate civilizatório


Priorização dos problemas sociais.



Adoção de comportamentos éticos.


Gera participação.


Enobrecimento e revigoramento do trabalho.

Exaltação do caráter das pessoas.


Redução das desigualdades.



RESPONSABILIDADE SOCIAL

Existem hoje diversas possibilidades de conceituarmos e diferentes modos de atuação quando falamos em Responsabilidade Social:

- Responsabilidade Social como atitude e comportamento empresarial ético e responsável: nesta abordagem prevalece a “responsabilidade ética”. É o dever e compromisso da empresa em assumir uma atitude transparente, responsável e ética em suas relações com seus públicos-alvo (governo, clientes, fornecedores, comunidade, etc.).

- Responsabilidade Social como conjunto de valores: incorpora não somente os valores éticos, mas uma série de outros conceitos que lhe dão sustentabilidade (auto-estima dos funcionários, motivação dos colaboradores, desenvolvimento social).

- Responsabilidade Social como postura estratégica empresarial : neste tipo de responsabilidade, a empresa valoriza o seu negócio em termos de imagem e faturamento e vendas, gerando retorno positivo para os negócios.

- Responsabilidade Social como estratégia de relacionamento : com foco na melhoria da qualidade do relacionamento com os seus diversos públicos-alvo, a empresa usa a responsabilidade social como estratégia de marketing de relacionamento, em especial com clientes, fornecedores e distribuidores.

- Responsabilidade Social como estratégia de marketing institucional: é orientado para a melhoria da imagem institucional da empresa, o que se traduz na maneira como o consumidor vê a empresa e adquire seus produtos e serviços.

- Responsabilidade Social como estratégia de Recursos Humanos: é o uso de ações de responsabilidade social com foco nos empregados e seus dependentes, objetivando reter os principais talentos e aumentar a produtividade.

- Responsabilidade Social como estratégia de valorização dos produtos e serviços: o objetivo é atestar não apenas a qualidade dos produtos e serviços da empresa, mas também lhes conferir o status de “socialmente corretos”.


- Responsabilidade Social como estratégia social de desenvolvimento da comunidade: a empresa assume o papel de agente de desenvolvimento local, junto com outras entidades comunitárias e o próprio governo.

- Responsabilidade Social como promotora da cidadania individual e coletiva: a empresa, mediante suas ações, ajuda a tornar seus empregados verdadeiros cidadãos, através de treinamentos específicos e ações de voluntariado.

- Responsabilidade Social vista como responsabilidade ambiental: a empresa investe em programas de educação e de preservação do meio ambiente, difundindo valores e práticas ambientalistas de sustentabilidade.

- Responsabilidade Social como exercício da capacitação profissional: a empresa cria condições para que as pessoas assistidas se capacitem profissionalmente.

- Responsabilidade Social como estratégia de Integração Social: O maior desafio histórico da sociedade atual é o de criar condições para se atinja a efetiva inclusão social no país. A empresa deverá primeiro definir o seu foco de ação social, em seguida a sua estratégia social e, finalmente, o seu papel social. Com estes três elementos definidos, surge a visão de responsabilidade social da empresa.


RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA:

“ É a forma de gestão que se define pela relação ética e transparente da empresa com todos os públicos com as quais ela se relaciona e pelo estabelecimento de metas empresariais compatíveis com o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as futuras gerações, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais” – (INSTITUTO ETHOS)



COMO IMPLEMENTAR UM PROCESSO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS EMPRESAS (fase interna) :

- Inicialmente deve haver a vontade, a atitude e o apoio da diretoria da empresa.
- Realização do “compromisso social” que equivale à missão social da empresa definida a partir de valores e de ações estratégicas básicas.
- Comunicação do compromisso social da empresa para os empregados, acionistas, clientes, fornecedores e parceiros, através do site da empresa, cartazes e outros meios de comunicação.
- Sensibilizar os empregados através da realização de palestras e envolvimento motivacional de todos. Nesta fase são utilizadas caixas de sugestão, pesquisa interna, reuniões, mensagens, etc...
- As sugestões são catalogadas por áreas de atuação e depois de discutidas e sistematizadas como idéias são apresentadas para a diretoria que definirá o pacote de ações sociais internas.
- É confeccionado o Termo de Compromisso de Implementação das Ações Sociais Internas, que é divulgado em toda a empresa e submetido à aprovação dos representantes dos empregados.
- O Grupo de Trabalho, de posse do Termo, elabora o plano de ações que compreende o elenco de ações, a sua priorização, o seu cronograma de implantação, os cursos e benefícios delas decorrentes e os responsáveis pela sua gestão.
- Após a implantação e ações que ganhem visibilidade, é o momento da empresa pensar em suas ações sociais externas.

COMO IMPLEMENTAR UM PROCESSO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS EMPRESAS (fase externa) :

- Após coletados e analisados os dados da pesquisa para identificar as ações e áreas de atuação social externa junto aos empregados e clientes, é elaborado um Relatório de Potencialidade e Oportunidades de Ações Sociais Externas, que é submetido à aprovação da diretoria para a definição do pacote de ações sociais.
- Elaboração e implementação do plano, seguida de seu acompanhamento e avaliação.
- Institucionalização da Responsabilidade Social Corporativa:
a) = elaboração do Código de Ética da empresa.
b) = elaboração de um livreto com todas as normas e ações de responsabilidade social.
c) = publicação do Balanço Social.
d) = criação de um Programa de Voluntariado junto aos empregados.
e) = criação de Institutos e Fundações.
f) = Certificação Social.



TERCEIRO SETOR:

- É o conjunto de organizações da sociedade civil de direito privado e sem fins lucrativos que realizam atividades em prol do bem comum. O termo criado por pesquisadores norte-americanos, parte da idéia de que, além do Estado e do setor privado, haveria uma terceira via, que reuniria atividades privadas voltadas para o atendimento das necessidades coletivas da sociedade.

- Integram o terceiro setor instituições como ONG’s (organizações não governamentais) e as OSCIP’s (organizações da sociedade civil de interesse público).

- A economia deste setor não gira em torno de indicadores econômicos, mas de indicadores sócio-econômicos, internos e externos.

- A empresa lucra socialmente quando suas ações sociais internas dão bons resultados, adquirindo dos consumidores e compradores de seus produtos e serviços maior credibilidade, confiança e melhoria da sua imagem.


GLOSSÁRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL:


AÇÃO SOCIAL : qualquer atividade de assistência em alimentação, saúde, segurança, educação e desenvolvimento econômico que seja feita em favor de uma comunidade específica.

AÇÕES SOCIOEDUCATIVAS: ações que junto com o processo de escolarização investem no desenvolvimento integral das crianças e dos jovens.

ATUAÇÃO SOCIAL: conjunto de ações e projetos desenvolvidos pela empresa que visam melhorar as condições da sociedade em áreas como saúde, educação, meio ambiente, cidadania, etc.

BALANÇO SOCIAL IBASE: demonstrativo publicado anualmente pela empresa reunindo um conjunto de informações sobre os projetos, benefícios e ações sociais dirigidas aos empregados, investidores, analistas de mercado, acionistas e a comunidade.

BIODIVERSIDADE: diversidade biológica de um habitat, estimada a partir do número de espécies animal e/ou vegetal que o habitam.

CADEIA PRODUTIVA: conjunto de todos os integrantes em um processo produtivo, considerando desde a extração da matéria-prima de um produto até a comercialização para um consumidor final.

CAPITAL NATURAL: referem-se ao conjunto dos recursos naturais que produzem bens e serviços e que nos são emprestados pelo ambiente.

CAPITAL SOCIAL: fundamentada na relação entre os atores sociais que estabelecem obrigações e expectativas mútuas.

CÓDIGO DE CONDUTA: é uma declaração formal voluntária de uma empresa ou organização sobre os seus valores e práticas.

CÓDIGO DE ÉTICA: conjunto de regras que firmam o compromisso de uma empresa no que se refere ao seu comportamento frente a pessoas físicas e jurídicas com quem a empresa se relaciona.

CONSUMO SUSTENTÁVEL: estratégia baseada na utilização dos recursos naturais e dos serviços econômicos, de modo a responder às necessidades de aumento da qualidade de vida de todos, respeitando o capital natural para as gerações futuras.

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: desenvolvimento que vai ao encontro das necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras satisfazerem as suas necessidades.

RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL: são instrumentos publicados que reúnem um conjunto de informações sobre os projetos, benefícios e ações sociais dirigidas aos empregados, investidores, analistas de mercado, acionistas e à comunidade, que servem como ferramenta estratégica.

SUSTENTABILIDADE: condução dos negócios e uso de recursos naturais considerando o direito à vida das gerações futuras.

VOLUNTARIADO: conjunto de ações que são realizadas por empresas para incentivar e apoiar o envolvimento de seus colaboradores em atividades voluntárias na comunidade.










17/09/2007

8ª aula de IGRH - Clima e Cultura Organizacional



8ª aula de IGRH

Clima e Cultura Organizacional


Dimensões do Comportamento Individual:

- O comportamento individual é avaliado de acordo com:

Valores:
Contém os elementos de julgamento; aquilo que a pessoa acredita ser correto.
Ex: a pena de morte é certa ou errada? Você é favorável ao aborto?

Atitudes:
Possui um caráter avaliativo que pode ser favorável ou desfavorável e que reflete como o indivíduo se sente frente a uma situação.

Personalidade:
É o resultado de fatores hereditários, ambientais e situacionais.

Percepção:
Baseia-se no que a pessoa julga ser a realidade, portanto ela pode variar em função do observador, em função do alvo que está sendo observado ou em função da situação vivenciada.

Pessoas diferentes podem perceber uma mesma coisa de formas diferentes, o que torna a análise do comportamento dos indivíduos um desafio para os gestores de RH.


Motivação:
É tudo o que impulsiona a pessoa a agir de determinada forma.


Comportamento Organizacional:

- É um campo de estudos que investiga o impacto que os indivíduos, grupos e a estrutura têm sobre o comportamento dentro das organizações, com o propósito de utilizar este conhecimento para promover a melhoria organizacional.

Cultura:

Simboliza tudo o que é aprendido e partilhado pelos indivíduos de um determinado grupo e que confere uma identidade dentro dele.

Ex: o sinal de OK: este gesto nos E.Unidos significa um sinal amigável de “tudo Bem”. Na Austrália e países sul americanos tem um significado ofensivo e obsceno.
Ex: o sinal de “chifrinho”:
EUA: sinal de encorajamento dos atletas.
África: é uma maldição.
Itália: significa que a esposa ou marido de alguém está sendo traído.

CULTURA ORGANIZACIONAL :

É tudo aquilo que uma empresa adquiriu ao longo do tempo. São as políticas da empresa, suas crenças, seus valores.

Elementos da cultura de um grupo certamente exercem influência sobre a percepção de seus integrantes acerca do ambiente no qual convivem. Do mesmo modo, iniciativas bem-sucedidas para mudar aspectos do ambiente de trabalho podem contribuir para a introdução de novas práticas e valores junto a um grupo, promovendo mudanças culturais no longo prazo.

Elementos que compõem a Cultura Organizacional:

VALORES:

São as verdades da empresa, são inquestionáveis estão presentes no comportamento dos funcionários.
Ex: comportamento ético;cumprimento das leis; responsabilidade social.


CRENÇAS E PRESSUPOSTOS:

São as verdades da empresa, são inquestionáveis e estão presentes no comportamento dos funcionários.
Ex: “aqui quem manda mesmo é o patrão” ; “valorizamos o atendimento e a qualidade”.

NORMAS:

É a determinação de como as coisas devem ser feitas, no qual as pessoas devem ser recompensadas ou punidas.
Ex: “ É obrigatório o uso de uniforme”; “ Somente empregamos funcionários com ensino médio completo”.

HISTÓRIAS:

São narrativas baseadas em eventos ocorridos.
Ex: História do fundador da empresa; relatos de greves acontecidas.

TABUS:

Determinam não oficialmente o que é proibido na organização. Geralmente fruto do preconceito e da falta de aceitação da direção da empresa e que é disseminado pelas chefias e próprios funcionários.
Ex: - mulheres não assumem cargo de chefia no alto escalão.
- relatos de funcionários punidos pela empresa.

HERÓIS:

São personagens importantes e destacados que a própria personalidade e ações representam os valores e imagem da organização.
Ex: Roberto Marinho – Rede Globo.
Abílio Diniz – Grupo Pão de Açúcar .
Silvio Santos – Baú da Felicidade / SBT.
Bill Gates – Microsoft.


COMUNICAÇÃO:

São os processos que tornam possível a interação social que cria, sustenta e transmite e muda a cultura organizacional. Quase todos os elementos da cultura são transmitidos por meio da comunicação.

COMO DESVENDAR A CULTURA ORGANIZACIONAL?

- Estudar o histórico da organização.
- Analisar os incidentes críticos que a organização passou.
- O processo de socialização dos novos membros.
- As políticas de Recursos Humanos.
- O processo de comunicação.
- A organização dos processos administrativos e operacionais de trabalho.


CLIMA ORGANIZACIONAL:

“Clima Organizacional é um conjunto de valores, atitudes e padrões de comportamento, formais e informais, existentes em uma organização“.
“Clima organizacional é uma avaliação de até que ponto as expectativas das pessoas estão sendo atendidas dentro da organização”.
“Clima Organizacional é um conjunto de valores ou atitudes que afetam a maneira como as pessoas se relacionam umas com as outras e com a organização”.
“Clima Organizacional é a qualidade do ambiente dentro da organização, e que é percebida pelos membros dessa organização como sendo boa ou não, e que influenciam o seu comportamento“.

Existe uma estreita relação entre o conceito de clima e o conceito de cultura organizacional, tanto que é recomendável desvendar os principais elementos culturais de uma organização antes de se partir para o levantamento e a análise de clima.

PESQUISA DE CLIMA ORGANIZACIONAL


Ferramenta que identifica o clima, o ambiente e as condições de relacionamento colaborador/empresa, servindo como base para a formulação de estratégias de mudanças e reformulações estruturais, ajudando os administradores a obterem respostas precisas sobre a opinião dos colaboradores. É utilizada uma metodologia objetiva e segura, isenta de comprometimento com a situação atual, em busca de dados reais.
A análise, o diagnóstico e as sugestões são usados como instrumentos valiosos para o sucesso de programas voltados para a melhoria da qualidade, do aumento da produtividade e de avaliação de políticas internas.

Objetivos da Pesquisa :


a) levantar junto aos colaboradores o grau de satisfação, entendimento, envolvimento e opiniões sobre aspectos da cultura, políticas, normas, procedimentos e costumes existentes e praticados na empresa, bem como as expectativas de progresso, possibilidade de carreira, relacionamento pessoal e profissional com a chefia.
b) analisar e interpretar criticamente esses resultados, informando-os à direção da empresa e aos próprios participantes, através de relatórios e/ou outros canais de comunicação;
c) sugerir melhorias nos aspectos considerados pelos participantes da pesquisa como mais “fracos”;
d) sugerir reforço nos aspectos considerados “fortes” pelos participantes.



ETAPAS DA PESQUISA DO CLIMA ORGANIZACIONAL


- Planejamento e Preparação: preparação dos instrumentos de pesquisa ; definição da logística de aplicação; reunião de apresentação com a diretoria e lideranças; assessoria na comunicação aos colaboradores.
- Aplicação dos instrumentos de pesquisa: acompanhamento da aplicação do formulário; entrevistas com o pessoal de liderança.

- Tabulação dos Dados: digitação e conferência; emissão dos relatórios.

- Análises e Interpretações: cruzamento das respostas; destaques de pontos fortes e pontos fracos.

- Apresentação dos Resultados: relatórios; reuniões de apresentação.
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MISSÃO:


A missão deve responder o que a empresa ou a organização se propõe a fazer, e para quem. O enunciado da missão é uma declaração concisa do propósito e das responsabilidades da sua empresa perante os seus clientes:
- Por que a empresa existe?- O que a empresa faz?- Para quem?
O propósito é algo com muito mais significado do que a simples descrição do que é feito internamente; a missão retrata a verdade de que o resultado da empresa é maior do que a soma das partes do que é feito.


VISÃO


O enunciado da visão é a descrição do futuro desejado para a empresa. Esse enunciado reflete o alvo a ser procurado:
- pelos esforços individuais;- pelos esforços das equipes e - pela alocação dos recursos.
A visão precisa ser prática, realista e visível (nós não alcançamos aquilo que nós não vemos), pois não passará de uma mera alucinação, se ela sugerir ou propor resultados inatingíveis.
- No que a empresa quer se tornar?- Qual a direção é apontada?- Onde nós estaremos?- O que a empresa será?- Em que direção eu devo apontar meus esforços?- Eu estou ajudando a construir o que?- Os recursos investidos estão levando a empresa para onde?

VALORES E PRINCÍPIOS:


Valores são princípios, ou crenças, que servem de guia, ou critério, para os comportamentos, atitudes e decisões de todas e quaisquer pessoas, que no exercício das suas responsabilidades, e na busca dos seus objetivos, estejam executando a Missão, na direção da Visão.
- Definem as regras básicas que norteiam os comportamentos e atitudes de todos empregados.- São as regras do jogo para que, executando a Missão, alcancemos a Visão.- São o suporte, o estofo moral e ético da empresa.

O conjunto Missão, Visão e Valores serve também para facilitar e promover a convergência dos esforços humanos, materiais e financeiros.


EXEMPLO: Missão, visão e princípios da ARACRUZ


Missão

Ofertar produtos obtidos de forma sustentável a partir de florestas plantadas, gerando benefícios econômicos, sociais e ambientais, contribuindo desta forma para o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas.


Visão


Ser reconhecida como líder no mercado mundial de celulose.


Princípios da Aracruz


Nossas decisões e ações são pautadas por valores éticos e obedecem aos seguintes princípios de negócios, que também orientam o nosso Código de Conduta:
- Integridade
- Compromisso com nossos acionistas
- Foco no Cliente

- Valorização de nossos empregados
promovendo um ambiente de trabalho seguro, saudável e motivador e não tolerando discriminação de qualquer natureza;
respeitando a liberdade de associação;
oferecendo oportunidades de desenvolvimento profissional e pessoal;
promovendo o crescimento profissional baseado no mérito;
incentivando o exercício da cidadania;
buscando constantemente a melhoria da qualidade de vida.
- Harmonia com o meio ambiente
Atuamos em harmonia com o meio ambiente e contribuímos para sua proteção:
utilizando os recursos naturais de forma sustentável;
adotando modernas tecnologias e práticas para tornar nossas operações mais eficientes e minimizar seus impactos ambientais;
contribuindo para a preservação da biodiversidade.
- Responsabilidade social
Exercemos nossa responsabilidade social corporativa:
disseminando conhecimento e induzindo o desenvolvimento sustentável das comunidades;
estabelecendo parcerias, investindo em projetos e apoiando redes de relacionamento com o setor privado, entidades da sociedade civil e setor público;
contribuindo para a melhoria da governança pública;
apoiando e fortalecendo os participantes de nossa cadeia produtiva.
Estimulamos a adoção destes princípios pelos nossos parceiros de negócios visando a sustentabilidade de nossa cadeia produtiva.

11/09/2007

7ª aula de IGRH - MOTIVAÇÃO HUMANA EM RH E LIDERANÇA


7ª aula de IGRH

MOTIVAÇÃO HUMANA EM RH E LIDERANÇA


MOTIVAÇÃO:

Motivo e Ação compartilham a mesma raiz do latim, “motere”, ou seja
, “mover”.

As emoções são literalmente o que nos move, nos impulsiona, na direção de nossos objetivos e nos impelem para a sensibilização de nossas percepções.

A motivação é o componente essencial para iniciar uma tarefa e persistir até a sua finalização.

Auto Motivação: paixão por algo que impele a
uma ou diversas ações que levem a concretização
de objetivos e sonhos.

A partir dos primeiros estudos sobre o comportamento humano, a motivação deixa de ser representada apenas pela idéia essencial de recompensa material (salários e benefícios).

Passa a ser considerado os fatores relacionados aos aspectos psicológicos dos funcionários e a influência das relações humanas na produtividade e motivação dentro das organizações.

Muda-se: Do homem econômico da abordagem clássica e científica para o homem social da abordagem humanista e holística..


PRINCIPAIS TEORIAS SOBRE A MOTIVAÇÃO HUMANA NAS ORGANIZAÇÕES:


► TEORIA DAS HIERARQUIAS DAS NECESSIDADES:

Desenvolvida pelo psicólogo Maslow, esta teoria está baseada nas necessidades humanas organizadas em níveis dentro de uma hierarquia de importância, como descritas a seguir:

NECESSIDADES FISIOLÓGICAS : Necessidades básicas de alimentação, sono, sede, desejo sexual. Quando não satisfeitas vão dominar o comportamento.

NECESSIDADES DE SEGURANÇA : Busca de estabilidade, necessidade de proteção, fuga do perigo.

NECESSIDADES SOCIAIS : Necessidades de associação, participação, troca de amizade e afeto.

NECESSIDADE DE ESTIMA : Auto-estima, autoconfiança, status, prestígio.

NECESSIDADE DE AUTO-REALIZAÇÃO : Realização do próprio potencial, auto-desenvolvimento contínuo.

AS NECESSIDADES E SUAS IMPLICAÇÕES:


Satisfação fora do trabalho:



Educação, religião, passatempo, crescimento pessoal.
AUTO REALIZAÇÃO
Aprovação da família e dos amigos, reconhecimento da comunidade.
ESTIMA
Família, amigos, grupos sociais, comunidade.
SOCIAIS
Liberdade, proteção contra violência, ausência de poluição, ausência de conflitos externos.
SEGURANÇA
Comida, água, sexo, sono.
FISIOLÓGICAS


Satisfação no trabalho:


AUTO REALIZAÇÃO
Trabalho desafiante, diversidade e autonomia, participação nas decisões, crescimento profissional.
ESTIMA
Reconhecimento, responsabilidade, promoções.
SOCIAIS
Amizade dos colegas, interação com clientes, líder amigável.
SEGURANÇA
Trabalho seguro, remuneração e benefícios, estabilidade no emprego.
FISIOLÓGICAS
Horário de trabalho, intervalo de descanso, conforto físico.


TEORIA DAS NECESSIDADES APRENDIDAS:


- Para McClelland o ser humano possui três necessidades básicas que são aprendidas ao longo da vida e influenciadas pelas experiências individuais:

Necessidade de Realização ( que inclui o desejo de realizar as coisas da melhor forma possível e está relacionada a auto-estima e auto-realização).

Necessidade de poder (necessidade de controlar, ter autoridade e influenciar as outras pessoas).

Necessidade de afiliação ( está relacionada ao afeto, à necessidade de manter relações interpessoais).


TEORIA DA EQUIDADE:

Está baseada na premissa de que em qualquer tipo de relação existe uma troca, ou seja, quando um trabalhador contribui para a organização, ele desejará receber algo em troca.
A equidade é atingida quando as pessoas sentem-se recompensadas de maneira justa pela organização.


TEORIA DA EXPECTÂNCIA:

- Essa teoria desenvolvida por Vroom, estabelece que o indivíduo irá agir na realização de determinada tarefa influenciado pela expectativa que ele tem com o resultado final dessa tarefa.
- Cada ser é único e percebe o mundo de determinada maneira de acordo com suas experiências e individualidade. Esse fato explica porque um mesmo fator pode motivar uma pessoa, mas não pode motivar outra.


ESTÍMULOS MOTIVACIONAIS IMPULSIONADOS POR RH :

- Desafie as pessoas a alcançarem o seu padrão de excelência, mas sabendo aceitar os seus limites, procurando investir nas forças.
- Tenha uma boa comunicação com todos os níveis hierárquicos da empresa.
- Estimule as pessoas a sentirem orgulho do que fazem.
- Explicite as recompensas individuais e as grupais oferecidas pelas empresas.
- Reconheça o trabalho realizado e explicite este reconhecimento.
- Compartilhe a sua autoridade (temos tendência em delegar tarefas sem compartilhar a autoridade necessária para realiza-la).
- Permita os pequenos erros e incentive as pessoas a aprenderem com eles.
- Respeite o tempo das pessoas.
- Eduque pelo bom exemplo.
- Não constranja uma pessoa na frente de outra.
- Dê as pessoas o direito de expressarem seus sentimentos.


LIDERANÇA:

- Os recursos humanos determinam o potencial, os relacionamentos determinam o clima, a estrutura determina o tamanho, os planos determinam a direção, mas só a liderança determina o sucesso da organização.

- Ninguém pode ser melhor líder do que melhor pessoa. Aquilo que somos revela mais sobre nós do que aquilo que dizemos.

- Liderar é influenciar outras pessoas numa determinada situação, em direção a uma finalidade comum. Não se lidera coisas, da mesma forma que não se gerencia pessoas. Pessoas são lideradas, não chefiadas.

O verdadeiro líder incentiva a participação da sua equipe apoiado nos seguintes argumentos:

- A participação é uma necessidade humana e um direito do cidadão, enquanto SER que se expressa pelo trabalho.
- A participação é um processo de desenvolvimento da consciência crítica e de aquisição de poder, base fundamental da formação da cidadania.
- A participação implica o respeito às diferenças individuais e a auto-responsabilidade.


A MISSÃO DA LIDERANÇA:

- AGENTE DE MUDANÇA:



Líder serve para mudar. É aquele que assume um compromisso maior com a organização, oferecendo-se para o sacrifício, para o risco, para a responsabilidade, para uma missão.
Ser líder é complexo, porque significa desafiar as pessoas a mudar os hábitos, os valores e a vida, o que geralmente tende a gerar estresse individual ou coletivo.

- DESENVOLVEDOR DE PESSOAS:

Desenvolver pessoas é ajuda-las a se livrarem dos obstáculos que as envolvem e impedem o seu processo de amadurecimento e de aprendizagem. É acreditar no seu potencial enquanto SER que se expressa através do seu trabalho.

- CATALIZADOR DE RESULTADOS:

O foco do líder é sempre o atingimento de resultados através da motivação das pessoas pela sua participação voluntária.


- No mundo atual não é exigido do líder apenas conhecimentos técnicos mas também “inteligência emocional” ( autoconhecimento, autocontrole, automotivação, empatia, sociabilidade).


CARACTERÍSTICAS DO MAU CHEFE E DO BOM LÍDER:


MAU CHEFE

Incapaz de ouvir ( incapaz de ouvir o subordinado, seja na área profissional, seja na área pessoal).
Centralizador ( Não confia em ninguém que está abaixo dele. Gasta tempo com supervisão quando deveria dedicar a criação de novas idéias).
Inacessível ( dificulta a comunicação e o acesso dos subordinados, gerando perda de tempo, lentidão e falta de resposta rápida).
Gerador de trabalho inútil ( gera trabalhos que não agregam valores para a empresa, fazendo a equipe trabalhar mais do que o necessário)
Autoritário e desmotivador ( não consegue conquistar a equipe, só sabe mandar e acaba interrompendo o processo criativo. Não investe no desenvolvimento das pessoas, não incentiva, não elogia, não deixa crescer, não aceita novas idéias, é resistente às mudanças).
BOM LÍDER

Facilitador ( ajuda as pessoas a identificar seus valores e interesses, a lidar com suas qualidades e incentivar os pontos fortes).
Orientador do desempenho (esclarece os padrões e expectativas pelas quais o desempenho das pessoas será julgado)
Estrategista ( comunica a direção estratégica da organização, aponta tendências e ajuda as pessoas com fontes adicionais de informações).
Integrador ( faz a ponte entre as metas individuais e as exigências do negócio).
Articulador ( Conecta as pessoas com os recursos de que precisam para se desenvolver, ajuda-as a desenvolverem planos de ação e facilita o contato e relacionamento com pessoas de outras áreas e organizações.








04/09/2007

6ª aula de IGRH - COMUNICAÇÃO EM RH






6ª aula de IGRH

COMUNICAÇÃO EM RH



■ Sempre que nos comunicamos com alguém utilizamos dois tipos de linguagem: verbal e não verbal. A linguagem verbal compõe-se de palavras e frases. A linguagem não verbal é constituída pelos outros elementos envolvidos na comunicação, a saber: gestos, tom de voz, postura corporal, etc.

Em uma oportunidade, especialmente naquela em que os protagonistas não se conhecem, um gesto ríspido ou mesmo um tom de voz "torto" certamente irá prejudicar o relacionamento. Se uma ação gera uma reação, o lado que percebeu este comportamento irá para a defensiva ou ao confronto.

■ A comunicação não verbal é a forma de comunicação mais enraizada no nosso passado biológico, sendo também a mais primária. Assim, por vezes, a comunicação não verbal , contradiz o que está a ser dito por palavras.


■ Quando o feedback é utilizado de forma adequada, a pessoa que o recebe tem condições de avaliar melhor seu comportamento no grupo, uma vez que ela é informada de alguns aspectos que até então lhe passavam desapercebidos.


A partir dessa avaliação, ela pode modificar o seu comportamento e, com isso, contribuir para o funcionamento eficiente do grupo. Assim, o feedback leva a pessoa a uma melhor integração com o grupo e conseqüentemente, aumenta sua satisfação dentro deste.



Barreira de comunicação para o emissor:

Dificuldade de expressão
Timidez, medo de expressar opinião
Escolha inadequada do receptor
Escolha inadequada do momento/local
Escolha inadequada do meio
Suposições
Excesso de intermediários


Barreiras de comunicação para o Receptor:


Atitude de pouco interesse pelo outro
Falta de incentivo para o outro expressar suas idéias
Preocupação
Distração
Comportamento defensivo
Competição de mensagens
Atribuição de propósitos


Como saber ouvir:

Demonstre interesse

Mantenha contato visual

Esteja consciente de sua linguagem corporal

Participe oportunamente da conversa

Explore a força do silêncio.


O MEDO DE FALAR EM PÚBLICO:


CAUSAS DO MEDO DE FALAR EM PÚBLICO:

- Falta de conhecimento sobre o assunto.

- Falta de experiência em falar em público.

- Falta de autoconhecimento.


Sentir medo de falar em público é normal.
O que você não pode é deixar que esse
medo o paralise.


COMO COMBATER O MEDO DE FALAR EM PÚBLICO:

- Conheça bem o assunto que irá expor. Aprofunde
seu conhecimento e organize a seqüência da sua apresentação.

- Adquira experiência para falar em público. Aproveite todas
as oportunidades(reuniões, palestras, aulas, etc.).

- Conheça suas qualidades de orador.
Todos possuem aspectos positivos . Analise se a sua voz
é boa, se o seu vocabulário é fluente, se a sua postura
é elegante, se a sua gesticulação é harmoniosa,
verifique se há presença de espírito, humor e criatividade.


A COMUNICAÇÃO NAS REUNIÕES:


Reuniões quando não planejadas
tendem a ser infrutíferas.

Decida se realmente é necessário a
realização da reunião. Em caso afirmativo, estabeleça uma pauta de prioridades e planeje o tempo para cada tópico abordado.

ETAPAS DA REUNIÃO:

- Considerações iniciais (rápida exposição para expor questões que
serão discutidas, qual a finalidade, informações já levantadas).

- Debate dos temas (os participantes começam o debate, detalhando
as questões, dando suas opiniões e apontando soluções).

- Conclusões ( a partir das sugestões geradas por consenso elaborar
as conclusões).

- Recapitulação ( esta etapa é a última chance de esclarecer dúvidas
e afastar possíveis equívocos).


PARA LIDERAR BEM UMA REUNIÃO:

- Motivar a participação de todas as pessoas.
- Acompanhar com atenção o pensamento do grupo.
- Fornecer informações para que a discussão tenha continuidade.
- Propiciar um comportamento informal, sem ser vulgar.
- Fazer perguntas que estimulem o desenvolvimento das idéias
do grupo.
- Ser pontual para iniciar e concluir a reunião.
- Evitar opiniões pessoais.
- Manter a calma, a cordialidade e a tolerância.
- Reconhecer e dar valor a participação de todos.